quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Trabalho de Conclusão 1

2 Tema




Tendo em vista a necessidade de oferecer atendimento e acesso as tecnologias de informação e comunicação em seu processo de desenvolvimento educativo e inclusivo para a comunidade carente, busca-se utilizar Objetos de Aprendizagem aplicando-os ao processo de inclusão digital e social, neste caso no projeto Mutirão da Cidadania que será considerado um estudo de caso. Tendo em vista a importância de tratar desse assunto no mundo contemporâneo, a seguir apresentam-se algumas delimitações que justificam a presente pesquisa.



2.1 Delimitação do tema



Com a evolução global e o avanço tecnológico, a utilização das tecnologias digitais utilizadas nas mais diversas atividades humanas é algo irreversível. Diante disso, projetos vinculados a sociedade levantam questões inerentes a inclusão digital e social, bem como acesso as tecnologias que preocupam não só entidades governamentais, mas principalmente indivíduos que almejam melhores condições de acesso a educação e qualidade de vida. Pensando nisso, a Escola de Direito da IMED em parceria com as demais escolas da Instituição, movimenta um trabalho denominado Mutirão da Cidadania, onde ocorre assistência jurídica, médica (odontologia), psicológica e de inserção digital e social, que ocorrem desde o ano de 2009. Para colaborar com o projeto, nas questões de inclusão, surge o presente trabalho a ser aplicado, explorando os Objetos de Aprendizagem para promover a inclusão digital e social das comunidades carentes que participam do projeto, que serão realizados nas comunidades do Bairro Zachia e Valinhos da Cidade de Passo Fundo - RS. Para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem o sujeito aprendente (participante) fará uso de Objetos de Aprendizagem Virtuais e de Redes Sociais, que segundo hipótese da pesquisadora, podem contribuir com o processo de inclusão digital e social. Busca-se da mesma forma desenvolver o entendimento sobre os principais conceitos da Internet, Correio Eletrônico e exploração das Redes Sociais digitais no processo de educação e desenvolvimento.

Após identificar as necessidades e delimitar o tema justificando o presente trabalho, busca-se em acervos bibliográficos realizar uma investigação sobre as bibliografias existentes que tratam de assuntos desta natureza, bem como os principais autores e pesquisadores da área de inclusão digital e social utilizando Objetos de Aprendizagem.



3 Revisão Bibliográfica



Introdução



Com a evolução global, é muito comum ouvir discussões sobre recursos digitais, ensino online, sociedade de informação, uma nova era de conhecimento, entre outros, mas apesar de toda essa tecnologia que vem sendo utilizada, vive-se em um mundo aonde a exclusão digital ainda possui um grande percentual. Incluir as pessoas no meio digital continua sendo um desafio, pois ainda existem diversas dificuldades, tais como as de pessoas que precisam dessa inclusão e não têm condições mínimas de acesso às informações disponíveis no meio digital. Ressalta-se que não basta apenas ter acesso aos computadores, esse recurso não é suficiente, há ainda as questões como alimentação, lazer, assistência jurídica, médica e psicológica, dentre outros recursos que também são fundamentais para que ocorra o aprendizado e a apropriação do conhecimento por parte do individuo (participante). Para que estas ações se concretizem os profissionais de Tecnologia da Informação (TI), educadores e demais profissionais, das mais diversas áreas, vêm lutando contra essa exclusão digital e social do indivíduo.

Com o advento das TICs no cenário globalizado estão presentes neste contexto diversos recursos digitais que podem servir de apoio ao processo de inclusão digital e social. Ao falar de inclusão associa-se a importância de projetos educacionais junto a ela, podendo ser por meio de iniciativas dessa natureza que indivíduos venham a ter o primeiro contato com o mundo virtual, este que poderá contribuir para a aquisição de conhecimentos. Uma das práticas para incluir indivíduos no contexto digital é a utilização de Objetos de Aprendizagem (OA), esses que são definidos por Wiley (2000) como “qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino”. De acordo com esta abordagem o presente trabalho consiste em investigar alguns Objetos de Aprendizagem e escolher aquele que seja adequado ao processo de inclusão digital e social, realizando a reutilização de um Objeto. Imagina-se que esta prática poderá auxiliar os indivíduos na construção e apropriação do conhecimento e aprendizagem, visualizando explorar os recursos de informática para a comunicação e interação social, através de um estudo de caso prático. Cabe salientar que não basta apenas disponibilizar um OA para os indivíduos, para tanto se faz necessário identificar quem são esses indivíduos e sua ligação com o meio digital na era da informação ou sociedade do conhecimento, denominada no século XXI. Para conhecer um pouco sobre este cenário, a seguir algumas características da sociedade da informação serão apresentadas.



A sociedade da informação



De acordo com Foresti e Teixeira (2009, p.182) “[...] a sociedade tem vivenciado uma nova perspectiva intimamente ligada à tecnologia, em que o ciberespaço, formando as redes técnica e social, institui inúmeras formas de sociabilidade on-line, por meio das quais as pessoas podem, entre outras coisas, se comunicar”.

Com o passar dos anos a tecnologia vem ganhando espaço, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade, esta que é bastante conhecida como sociedade da informação. Percebe-se, no entanto, que estamos vivendo uma realidade diferente do passado, um ambiente cheio de avanços tecnológicos, contribuindo para o aumento do conhecimento e desenvolvimento das pessoas. Assim sendo, Castells (apud Teixeira 2001, p.22) afirma que as tecnologias da informação, processamento e comunicação, além de “amplificadores e extensões da mente humana”, como compara, são “o cerne das transformações que estamos vivendo na revolução atual”. A sociedade atual é caracterizada pela grande onda de mudanças e avanços tecnológicos, de tal modo que para Teixeira (2001, p.24):





a sociedade da informação assume, portanto, conotações não apenas de um ambiente transformado pela tecnologia, mas, também, pelo processamento de informações, pelo papel estratégico do conhecimento teórico na definição de novas formas de saber, pela ênfase atribuída às atividades ligadas à educação, à formação profissional e à pesquisa em geral.





É uma sociedade onde, segundo Castells (1999 apud Teixeira 2001 p.24), “pela primeira vez na história da humanidade, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo”.

Conforme cita Toffler (apud Tajra 2008, p.19) “estamos vivendo um período revolucionário que vai além dos computadores e das inovações na área das telecomunicações. As mudanças estão ocorrendo nas áreas econômicas, sociais, culturais, políticas, religiosas, institucionais, e até mesmo filosóficas”. O mesmo autor (1993 apud Tajra 2008, p.19) “[...] retrata as mudanças com a evolução das três ondas do poder: 1ª onda, determinada pelo domínio de terras e produções agrícolas; 2ª onda, determinada pelas indústrias; 3ª onda, determinada pelo conhecimento”. Pode-se concordar que com a evolução cultural esses mesmos valores acabam sendo alterados e que a 3ª onda caracteriza a atual sociedade em que vivemos, onde a informação no contexto digital contribuir para o conhecimento. No entanto, pode ser necessário que ocorram mudanças de paradigmas, de propostas pedagógicas, da utilização de novos recursos, visualizando sempre a prática de ensino e aprendizagem aos indivíduos.

A atual sociedade, o espaço em que se vive em meio a recursos digitais é denominado de ciberespaço, este que é o espaço onde se encontram os diferentes tipos de tecnologias ao alcance das pessoas conectadas ao mundo digital, este que tem muito mais informações em tempo real, onde a comunicação entre as pessoas é quase que imediata, as redes de relacionamento aproximam as pessoas, é onde tudo esta na rede. Portanto, segundo Lévy (1999, p. 92) o ciberespaço é definido como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores”.

Desse modo Lévy (1999, p. 93) afirma que “a perspectiva da digitalização geral das informações provavelmente tornará o ciberespaço o principal canal de comunicação e de suporte de memória da humanidade, a partir do início do próximo século”. Pode-se entender que na atualidade a comunicação e interação mediada pela tecnologia ganha cada vez mais espaço e é através dela que o mundo se conecta ao conhecimento, de tal modo que com o passar dos anos cada vez mais a comunicação é por meio do ciberespaço, novas tecnologias digitais vão surgindo, a integração social torna-se presente na vida de muitos através da realização de atividades no contexto do espaço digital, assim sendo, Lévy (2001, p. 51), diz que “o ciberespaço será o centro das atividades econômicas, culturais e sociais, tendo a Internet como vetor de reorganização da sociedade que surge para além da cidade física”.

Para Neto (2007, p. 92) “a infra-estrutura técnica que se forma a partir do ciberespaço não é o próprio ciberespaço. A técnica em si não determina este novo espaço. Quando se fala do uso da tecnologia na sociedade, um erro comum é limitar o olhar para os processos técnicos, separando-os do processo social”. Segundo Lévy (1999, p. 157) “o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas: memória (banco de dados, hiperdocumentos, arquivos digitais de todos os tipos), imaginação (simulações), percepção (sensores digitais, realidade virtual)”. Para o autor (1999, p. 157) tais tecnologias favorecem “novas formas de acesso a informação: navegação por hiperdocumentos, caça a informação através de mecanismos de pesquisa, novos estilos de raciocínio e de conhecimento, tais como a simulação”. Pode-se dizer que o avanço das tecnologias em relação aos mecanismos de busca trouxe a facilidade de encontro dos mais diversos tipos materiais disponíveis de forma online, sendo que em relação aos novos estilos de raciocínio e conhecimento existem inúmeros sites, jogos e objetos de aprendizagem que possivelmente auxiliam nos processos educativos, deste modo podendo ajudar os indivíduos na apropriação da informação e do conhecimento de que eles necessitam.

Conforme Lévy (1999, p. 17) a cultura do ciberespaço, a cibercultura, é “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”. De acordo com Neto (2007, p.94) “a cibercultura surge da articulação dos coletivos inteligentes e gera novos modos de relação e novos modos de conhecimento, de aprendizagem e de pensamento”. Pode-se entender que a nova cultura, a cibercultura está mudando a vida das pessoas, fazendo com que a informação possa chegar de forma mais rápida aos indivíduos, que o conhecimento pode ser adquirido por meio das inovações e a aprendizagem seja cada vez mais significativa. Diante disso, encontram-se a grande variedade de tecnologias que propiciam estas mudanças aos indivíduos que fazem uso destes recursos digitais, conforme a figura apresentada abaixo, que representa as tecnologias que nos cercam na atual sociedade.





Figura 1: Características da Sociedade da Informação



O conhecimento digital dá-se por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), aonde o conhecimento chega de forma rápida aos indivíduos conectados, desse modo, Lévy (1993 apud Behrens 2000 p.73) diz que “o conhecimento poderia ser apresentado de três formas diferentes: a oral, a escrita e a digital. Embora as três formas coexistam, torna-se essencial reconhecer que a era digital vem se apresentando com uma significativa velocidade de comunicação”. Todavia, sabe-se que pode ser através da escola e da iniciativa de professores em suas salas de aulas ou até mesmo em projetos educacionais que o computador poderá ser apresentado aos indivíduos como meio de aprender e de encurtar barreiras entre as classes da sociedade contemporânea.

Nesse sentido, a sociedade da informação no presente século, é composta por diferentes gerações conhecida por imigrantes digitais que são os indivíduos nascidos antes da década de 80 e os nativos digitais que nasceram a partir da década de 80. (Veen; Vrakking, 2009). Para melhor entendimento a seguir serão apresentadas as principais características da geração digital e analógica, bem como suas peculiaridades.



Os Nativos Digitais



Sabe-se que nos dias em que vivemos a tecnologia está presente em praticamente tudo a nossa volta, sendo diferente de antigamente. A geração passada foi denominada de geração analógica, pois não nasceram com a tecnologia. Com o passar do tempo a sociedade foi criando inovações para melhorar suas condições de vida, logo com o advento das tecnologias digitais, o mundo começou a viver cercado de informações.

Conforme Veen e Vrakking (2009, p.21) “com o passar do tempo, contudo, a tecnologia começa a ser parte do dia-a-dia de modo que não conseguimos mais viver sem ela”. Como exemplo pode-se citar as facilidades que a tecnologia proporciona aos indivíduos tais como as formas de comunicação atuais, a realização de compras e pagamentos de contas online, entre outras. Existem também diferentes recursos digitais para contribuir com a aquisição do conhecimento dos indivíduos que estão sendo incluídos no meio digital, onde através da internet podem-se encontrar inúmeros materiais didáticos em formato digital, estes que podem servir de apoio para processo de ensino e aprendizagem. Assim sendo, Veen e Vrakking (2009, p.29) dizem que “os primeiros seres digitais cresceram em um mundo onde a informação e a comunicação, estão disponíveis a quase todas as pessoas e podem ser usadas de maneira ativa”. Para Veen e Vrakking (2009, p.30) “o Hommo Zappiens, aprende muito cedo que há muitas fontes de informação e que essas fontes podem defender verdades diferentes. Filtra as informações e aprende a fazer seus conceitos em redes de amigos/parceiros que se comunicam com freqüência”. De acordo com os mesmos autores (2009, p.42) “as crianças aplicam abordagens similares na busca e no envio de informações na internet. Não colocam somente palavras na internet, pois a cibercultura esta centrada na multimídia”. Desse modo imagina-se que indivíduos conseguem agregar grandes quantidades de informação e transformá-las em aprendizado através do uso das diferentes tecnologias, podendo ser muito mais fácil para os indivíduos associar uma idéia ao ver uma foto, simulação, ou até mesmo através da interação com algum objeto ou recurso de aprendizagem do que apenas realizar a leitura de algo que lhe interessou.

No entanto, Veen e Vrakking (2009, p.44) citam que, “em âmbito global, contudo, ainda existe uma exclusão digital em sentido tradicional, em que a pobreza impede o acesso ao conhecimento e a comunicação por meio da tecnologia”. Esse conhecimento não diz respeito somente aos equipamentos físicos, mas também a educação de qualidade, ambiente familiar, entre outros aspectos vistos no contexto da atual sociedade.





Figura 2: geração digital x geração analógica



A figura representa o que caracteriza os novos seres humanos, os nativos digitais, indivíduos que nascem em um mundo globalizado e o contato cada vez mais rápido as tecnologias digitais, fazendo a comparação com indivíduos mais velhos, os imigrantes digitais, estes que representam os que não nasceram em plena era tecnológica, ou seja, a geração analógica. Veen e Vrakking (2009, p.58) afirmam que, além disso, “sabemos que muitas informações, no futuro serão online e interativas. Realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo é uma estratégia eficaz para processar vários canais de informação de uma vez”. Para os mesmos autores (2009, p.71) “na verdade o Hommo Zappiens esta desafiando a educação a explorar suas habilidades e estratégias muito mais do que ela faz hoje”. Nesse sentido, percebe-se a necessidade de conhecer os conceitos de inclusão digital e social no contexto da globalização onde diferentes gerações compartilham um mesmo espaço.



Inclusão Digital



Para Takarashi (2000, p. 5) “o conhecimento tornou-se, hoje mais do que no passado, um dos principais fatores de superação de desigualdades, de agregação de valor, criação de emprego qualificado e de propagação do bem-estar”. No entanto muitos indivíduos não têm acesso a escolas de boa qualidade, a laboratórios de informática ou a um computador pessoal em casa, sejam estes com ou sem acesso a rede. Para que tal conhecimento venha a contribuir na qualificação destes indivíduos faz-se na atualidade ainda a necessidade de ajuda de governos e instituições para incluir socialmente grande parte dos indivíduos que não tem acesso a esses recursos.

Para Cruz (2004, p. 9) “a inclusão digital deve favorecer a apropriação da tecnologia de forma consciente, que torne o indivíduo capaz de decidir quando, como e para que utilizá-la”. Pode-se entender que é necessário para a inclusão digital ocorrer, que no momento em que os recursos digitais forem disponibilizados e apresentados aos indivíduos, que os mesmos recebam informações de como as TICs podem ajudar em seu cotidiano, podendo gerar mudanças no meio econômico, na educação (alfabetizado digitalmente), o que remete o indivíduo aprendente, a saber, o porquê e para que utilizar o meio digital e também na melhor qualidade de vida na atual sociedade, a sociedade da informação. Assim sendo o mesmo autor (2004, p. 13) diz que “a inclusão digital não se resume à disponibilidade de computadores e de telefones, mas à capacitação das pessoas para o uso efetivo dos recursos tecnológicos”.

De acordo com (Teixeira, 2005, p. 31) a inclusão digital pode ser definida como:





um processo horizontal que deve acontecer a partir do interior dos grupos com vistas ao desenvolvimento de cultura de rede, numa perspectiva que considere processos de interação, de construção de identidade, de ampliação da cultura e de valorização da diversidade, para, a partir de uma postura de criação de conteúdos próprios e de exercício da cidadania, possibilitar a quebra do ciclo de produção, consumo e dependência tecnocultural .





Segundo Foresti e Marcon (2009, p.189) “para que esse processo [de inclusão digital] ocorra, deve haver, inicialmente, uma democratização do acesso, acompanhada da alfabetização digital e da possibilidade de a pessoa se atualizar com vistas ao desenvolvimento da fluência tecno-contextual”. Os mesmos autores (2009, p.189) dizem que “o objetivo da inclusão digital não deve ser formar técnicos, mas, sim, cidadãos responsáveis, que reconheçam suas potencialidades e responsabilidades, apropriando-se de forma criativa e diferenciada das tecnologias de rede, libertando o ser humano de uma posição passiva”.

Warschauer (2006, p.55) “acredita que o modo mais simples, mas talvez o mais limitado, de considerar o acesso à TIC é por meio da posse de um equipamento. Nesse sentido, define-se acesso físico a um computador ou a qualquer outro equipamento associado à TIC”. Vale salientar que não é só a falta de um equipamento e seu preço que geram exclusão e desigualdade, mas também a falta de conhecimento em como utilizá-lo, como acessar a internet, realizar pesquisar, comunicar-se com pessoas distantes, entre outros fatores que causam a exclusão digital e social na presente sociedade. Diante disso, para o autor (2006, p.63) “o que é mais importante a respeito da TIC não é tanto a disponibilidade do equipamento de informática ou da rede de internet, mas sim a capacidade pessoal do usuário fazer uso desse equipamento e dessa rede, envolvendo-se em práticas sociais significativas”. Desse modo, Almeida (2005, p.71) diz que:





com o uso da TIC e da Internet, pode-se navegar livremente pelos hipertextos de forma não seqüencial, sem uma trajetória predefinida, estabelecer múltiplas conexões, tornar-se mais participativo, comunicativo e criativo, libertar-se da distribuição homogênea de informações e assumir a comunicação multidirecional com vistas a tecer a própria rede de conhecimentos.





Holanda e Ávila (2006, p. 1) dizem que, por exemplo, “a difusão rápida de uma nova TIC pode trazer problemas socioeconômicos significativos para as sociedades que se encontram nesse estágio desenvolvimentista”. Caracterizam-se nesse estágio os indivíduos que não tem condições mínimas de acesso as tecnologias, sejam pela baixa renda e pela rápida evolução dos novos meios digitais. Conforme Holanda e Ávila (2006, p. 2) “atributos de idade, gênero, nível educacional e localização geográfica podem influenciar sobremaneira a velocidade e a abrangência de difusão das tecnologias digitais”. Observa-se então que os atributos apresentados podem influenciar nos dados de exclusão digital presentes neste século.

Para os mesmos autores (2006, p. 3) “não obstante, os atuais projetos de inclusão digital, assim como seus indicadores de alcance e eficácia, ainda estão fortemente focados na implantação de recursos de infra-estrutura e na provisão de conectividade”. Destaca-se que não adianta somente ter acesso aos recursos tecnológicos se não estiver alfabetizado digitalmente, ou seja, saber utilizar de forma adequada o conteúdo disponibilizado ao indivíduo. Para Ávila e Holanda (2006, p. 25) “as novas abordagens de disseminação de TICs propõem intervenções capazes de atingir o público desprezado pelos agentes econômicos atuais, contribuindo, dessa forma, para a redução da pobreza digital”. Diante disso faz-se necessário entender o conceito de exclusão digital, o porquê de sua existência e o que pode ser feito para que a sociedade esteja cada vez mais incluída digitalmente. Todavia, a figura a seguir representa algumas das formas de incluir os indivíduos digitalmente, podendo ser pela posse de um equipamento conectado a rede, com a utilização da internet e das redes sociais.





Figura 3: Inclusão Digital



Exclusão digital



O problema da exclusão digital e social da sociedade é algo que não se refere somente à falta de acesso as TICs, mas também as desigualdades econômicas dos indivíduos. A falta de recursos financeiros dificulta a posse de um equipamento e da oportunidade de adquirir habilidades para saber utilizar esse novo meio de comunicação e integração digital e social, o que de fato caracteriza a atual sociedade.

Segundo Castells (apud Holanda; Ávila 2006, p. 6) a definição de exclusão social pode ser dada como: “O processo pelo qual determinados grupos e indivíduos são sistematicamente impedidos do acesso a posições que lhes permitiriam uma existência autônoma dentro dos padrões sociais definidos por instituições e valores inseridos em um dado contexto”. A exclusão digital faz com que os indivíduos excluídos tenham menos oportunidades na sociedade, podendo até mesmo influenciar no comportamento deles, afetando suas condições psicológicas, sociais e educacionais.

Para Warschauer (2006, p.31) a mudança de foco da exclusão digital para a inclusão social baseia-se em três premissas principais:





1) a nova economia da informação e a nova sociedade de rede emergiram; 2) a TIC desempenha um papel decisivo em todos os aspectos dessa nova economia e nova sociedade; e 3) o acesso à TIC, definido de modo amplo, pode ajudar a determinar a diferença entre marginalização e inclusão nessa nova era socioeconômica.





Segundo Singer (apud Warschauer 2006, p.31) “a primeira revolução resultou da invenção da máquina a vapor no século XVIII, caracterizando-se pela substituição das ferramentas manuais por máquinas, principalmente em pequenas oficinas”. Para Mokyr (apud Warschauer 2006, p.31) “a segunda revolução foi conseqüência do aproveitamento da energia elétrica no século XIX, caracterizada pelo desenvolvimento da produção fabril de grande escala”. Conforme Warschauer (2006, p.31) “a terceira revolução começou na década de 1970, com a difusão do transistor, do computador pessoal e das telecomunicações.” O mesmo autor (2006, p.31) diz que “em outras palavras o que temos não é uma economia associada à internet, mas uma economia da informação, em que a informática e a internet cumprem um papel essencial de capacitação”.

Para Harnard (apud Warschauer 2006, p.51) “o desenvolvimento e a difusão da comunicação mediada por computadores representa a quarta revolução na comunicação e na cognição humanas e nos meios de produção do conhecimento, semelhante em impacto às três revoluções prévias referentes a língua, escrita e impressão”.

Vygotski (1993 apud Teixeira 2001, p.44) afirma que, “uma vez que o desenvolvimento de conceitos científicos e espontâneos difere quanto à sua relação com a experiência do indivíduo e quanto à atitude desses para com os objetos que o cercam, pode se esperar que o seu desenvolvimento siga caminhos diferentes dos demais”. Para Ávila e Holanda (2006, p. 14) as limitações de renda dos indivíduos, tais como “as deficiências na infra-estrutura física de acesso dificultam ou impossibilitam a instalação de equipamentos informáticos ou sua conexão à Internet, o que torna muito difícil a inclusão digital”. Destaca-se aqui a falta de rede de distribuição de energia elétrica, linhas telefônicas fixas e móveis, ausência de provedores em locais próximos, falta de espaços adequados, como por exemplo, para salas de informática em escolas e centros comunitários (Ávila; Holanda 2006, p. 14).

De acordo com Lévy (1999, p. 238) “não basta estar na frente de uma tela, munido de todas as interfaces amigáveis que se possa pensar, para superar uma situação de inferioridade”. Para o autor (1999, p. 238) “é preciso antes de mais nada estar em condições de participar ativamente dos processos de inteligência coletiva que representam o principal interesse do ciberespaço”. O que de fato caracteriza que para um indivíduo ser incluído digitalmente, este deve estar em condições favoráveis para que o conhecimento então possa ser adquirido com o uso das tecnologias digitais, onde as condições se referem aos aspectos da qualidade de vida do indivíduo como um todo. Todavia, para diminuir a exclusão pode-se citar a prática de alfabetização digital, que de acordo com Takahashi (2000, p. 31), refere-se “[...] a aquisição de habilidades básicas para o uso de computadores e da Internet, mas também que capacite as pessoas para a utilização dessas mídias em favor dos interesses e necessidades individuais e comunitários, com responsabilidade e senso de cidadania”. Segundo Vosgerau e Bertoncello (2010, p. 32) “a alfabetização digital é o estágio superior na escala de aprendizagem. Requer uma base mais sólida de conhecimento das TICs e uma alfabetização no aspecto computacional e in¬formacional”.

Diante disso, a utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo educativo (inclusivo), pode ser uma ferramenta em potencial que pode enriquecer o processo de construção de conhecimento, para delimitar esta discussão, a seguir algumas abordagens de TIC´s também serão relatadas no próximo item.



O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação



Conforme Wiley (2000, p. 2) “a tecnologia é um agente de mudança, e as principais inovações tecnológicas podem resultar em mudanças de paradigmas. A internet foi umas das inovações que colaborou e ainda colabora para o crescente processo de ensino/aprendizagem a distância”. Ainda de acordo com o mesmo autor (2000, p. 2), “depois que afetam mudanças no modo como as pessoas se comunicam e fazem negócios, a internet está pronta para trazer uma mudança de paradigma no modo como as pessoas aprendem”.

Wiley (2000, p. 5) destaca que, “as tecnologias incluem a aprendizagem baseada em computador, ambientes interativos de aprendizagem, computadores inteligentes auxiliado por sistemas de ensino, sistemas de aprendizagem à distância, e ambientes de aprendizagem colaborativa”. As tecnologias podem proporcionar atividades mais interativas fazendo com que ao investigar e questionar sobre determinado recurso, aja a colaboração dos indivíduos com a construção do conhecimento. Desse modo Lévy (apud Neto 2007 p. 90), diz que, a Inteligência coletiva é: “...uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. Lévy (apud Neto 2007 p. 91) enfatiza este ponto nas seguintes palavras:





O papel da informática e das técnicas de comunicação com base digital não seria “substituir o homem”, nem aproximar-se de uma hipotética “inteligência artificial”, mas promover a construção de coletivos inteligentes, nos quais as potencialidades sociais e cognitivas de cada um poderão desenvolver-se e ampliar-se de maneira recíproca.





De acordo Nascimento (2007, p. 135), “a promessa dos recursos educacionais digitais, na forma de simulações e atividades interativas, é de que a aprendizagem se torna mais efetiva e mais aprofundada que a obtida pelos métodos tradicionais apenas”. Desse modo, projetos de inclusão digital tentam buscar novos meios de ensino, estudar qual a melhor prática pedagógica e recursos que podem ser aplicados aos indivíduos que não tem condições mínimas de acesso as tecnologias digitais disponíveis no ciberespaço. Para Torrezzan e Behar (2009, p. 33), “os recursos digitais surgiram como uma ferramenta capaz de potencializar a reestruturação de práticas pedagógicas, originando novas formas de pensar a respeito do uso da comunicação, da ciência da informação, da construção do conhecimento e da sua interação com a realidade”.

Segundo Teles (2009, p. 72) “outra forma de aprendizagem é através de e-learning que surgiu com o aumento da comunicação humana mediada pelo computador para fins educativos, que levou a uma proliferação de tecnologias com propósito de oferecer ambientes educacionais online”. De acordo com o mesmo autor (2009, p. 72), “desde o e-mail até os chats, plataformas de aprendizagem, a comunicação humana mediada pelo computador tem sido uma ferramenta de uso crescente no processo de ensino e aprendizagem”.

No entanto, inúmeras mudanças que surgem tornam-se novas características na sociedade contemporânea, cabendo aos indivíduos presentes nela se adaptarem com as inovações. Conforme Castells (apud Kipnis 2009, p. 209):





O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento e comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.





Segundo Tajra (2008, p.43) “o importante, ao utilizar um dos recursos tecnológicos a disposição das práticas pedagógicas, é questionar o objetivo que se quer atingir, avaliando sempre as virtudes e limitações de tais recursos”. Pode-se, no entanto pensar qual será o ganho que se terá com o uso de determinada tecnologia, sua contribuição com o processo de inclusão digital, o porquê do uso de determinado recurso neste processo, podendo este ser uma aplicação digital qualquer ou até mesmo um software educacional.

Nesse sentido, cabe ressaltar que o objetivo deste trabalho é considerar os objetos de aprendizagem digitais que podem contribuir com o processo de inclusão digital e social. A seguir, será apresentada uma descrição sobre o entendimento dos objetos de aprendizagem.



Objetos de Aprendizagem



Prata e Nascimento (2007 p.135) ao falarem dos novos recursos que a sociedade contemporânea tem ao seu alcance, dizem que





as tecnologias de computação têm alçado grandes promessas para a melhoria da educação. As características dos computadores atuais vêm oferecendo novas formas de experiências práticas para a aprendizagem e, conseqüentemente, provocado uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. A promessa dos recursos educacionais digitais na forma de simulações e atividades interativas é a de que a aprendizagem se torne mais efetiva e mais profunda que a obtida pelos meios tradicionais.





De acordo com Prata, Nascimento e Pietrocola (2007, p. 108) a criação de objetos de aprendizagem, “não se trata apenas de uma transposição dos textos dos livros para um formato digital enriquecido de recursos multimídia, mas sim da produção de atividades interativas que possam de fato enriquecer as aulas presenciais, integrando-se às estratégias metodológicas tradicionais dos professores”.

Conforme Nascimento (2007, p. 135), “a utilização da abordagem dos Objetos de Aprendizagem na construção do material educacional digital aumentou ainda mais o entusiasmo dos educadores e estudiosos”. A mesma autora (2007, p. 135), cita que “a possibilidade de acesso na web a grandes bancos de recursos reutilizáveis presume maior economia de tempo e custos de produção e, portanto, mais chances de crescimento da oferta de programas de capacitação”.

Segundo Behar (et al. 2009, p.66) “a produção de materiais educacionais na forma de objetos de aprendizagem (OA) tem sido uma boa ação para a apresentação de conceitos e conteúdos de forma mais dinâmica e interativa”. De acordo com os mesmos autores (2009, p.66), “a utilização de OAs remete a um novo tipo de aprendizagem apoiada pela tecnologia, na qual o professor abandona o papel de transmissor de informação para desempenhar um papel de mediador da aprendizagem”. Os autores (2009) dizem que, “os objetos de aprendizagem na área de informática na educação estão sendo apontados como uma das principais tendências tecnológicas educacionais, pois possibilitam, pelas suas características, conferir ao processo de aprendizagem um caráter interativo, dinâmico, flexível e motivador”. Para Longmire (2001 apud Souza; et al 2007, p. 60) “há diversos fatores que favorecem o uso dos OA na área educacional como: a flexibilidade, a facilidade para atualização, a customização, a interoperabilidade, o aumento do valor de um conhecimento e a facilidade de indexação e procura”. Considerando os fatores apresentados, justifica-se a utilização dos OA para a inclusão digital e social, onde a seguir serão apresentadas algumas razões para a então utilização dos OAs.



A utilização dos Objetos de Aprendizagem



Para Behar (et al. 2009, p. 69) “os OAs podem ser aplicados dentro de um contexto educacional desde o mais instrucionista até o mais interacionista, dependendo sempre do modelo pedagógico utilizado”. As mesmas autoras (2009, p. 69), ao relatarem sobre os contextos citados, dizem que





além da abordagem conceitual computacional sobre o objeto, ele deve apresentar características interativas; a diferença é que, do ponto de vista instrucionista, será dada ênfase à memorização, ao treinamento, ao reforço”. Já dentro de um paradigma interacionista, será permitida a construção do conhecimento e a formação integral e critica do aluno.





Segundo Nascimento (2007, p.136) “a tarefa de construção de materiais interativos é um desafio, uma vez que é bem pequeno o tempo de experiência da maioria dos profissionais de educação no planejamento de materiais desse tipo, e são escassos os materiais que podem ser considerados como bons referenciais”. A mesma autora (2007, p.136) destaca ainda que “ao compor um objeto de aprendizagem, é muito importante que as equipes reconheçam a importância de combinar conhecimentos na área específica de um conteúdo disciplinar com conhecimentos sobre princípios de processo de aprendizagem”.

Para Ausubel, Novak e Hanesian (apud Tavares; et al 2007, p. 123) “a teoria da aprendizagem propõe-se a lançar as bases para a compreensão de como o ser humano constrói significados e desse modo indicar caminhos para a elaboração de estratégias pedagógicas que facilitem uma aprendizagem significativa”. De acordo com Luchessi (2007, p. 73) inicialmente, deve-se “tentar definir quem é nosso aprendiz, ou seja, quem fará uso do material que já se começou a produzir e o que ainda se pretende construir”.

De acordo com Behar (et al. 2009, p. 70) “um OA pode ser utilizado no processo de ensino-aprendizagem por qualquer ator envolvido, seja gestor da educação, professor, aluno ou monitor”. Citam ainda que “ao disponibilizar diversas mídias, os OAs têm a possibilidade de subsidiar diferentes práticas pedagógicas, de forma que seus usuários possam constituí-lo como um espaço rico de descobertas por meio da sua interatividade e na interação com seus pares” (Behar; et al. 2009, p. 70). Quando os Objetos de Aprendizagem estão prontos para serem utilizados, eles ficam disponíveis em repositórios digitais, podendo ser acessados de qualquer lugar do mundo. Diante disso faz-se necessário entender um pouco mais sobre os repositórios de OAs e suas características.



Repositórios de Objetos de Aprendizagem



De acordo com Nascimento (2009, p.352) “repositórios digitais servem para armazenar conteúdos que podem ser pesquisados por meio de busca e acessados para reutilização”. Os repositórios são classificados de várias maneiras. Repositórios digitais, repositórios educacionais, repositórios institucionais, repositórios de objetos de aprendizagem. Segundo a mesma autora (2009, p.352) “qualquer recurso digital com aplicação na educação pode ser incluído em um repositório educacional e nele podem ser encontrados materiais como software, multimídia, textos, livros eletrônicos, testes, simulações e outros”.

Para Nascimento (2009, p.352) “o termo objeto de aprendizagem tem sido utilizado na literatura para referir-se aos recursos educacionais digitais desenvolvidos com certos padrões para permitir a reutilização em vários contextos educacionais”. Conforme Behar (et al. 2009, p. 69) “os repositórios são espaços remotos onde os objetos são armazenados, obedecendo a uma lógica de identificação para que ele possa ser localizado a partir de buscas por tema, nível de dificuldade, autor ou pela relação com demais objetos”. Para as autoras (2009, p. 69) “os repositórios de objetos de aprendizagem são sistemas de catalogação que permitem a publicação e a reutilização desses OAs por parte de qualquer usuário em qualquer curso”. Para serem encontrados com facilidade os objetos são catalogados, onde a catalogação facilita o processo de busca do objeto, podemos citar as buscas por titulo, autor, área de conhecimento, palavras-chave, entre outras.

De acordo com Behar (et al. 2009, p. 69), “um OA poderá ser usado de forma autônoma ou ainda constituir uma unidade maior por meio da integração de mais módulos”. Atualmente, existem diversos repositórios de objetos de aprendizagem, alguns disponibilizando objetos para download, outros apenas para acesso online, alguns repositórios mais conhecidos no país são: RIVED, Portal do Professor, Nuted, CESTA, Domínio Público, GIED, entre outros repositórios nacionais e internacionais. Diante disso, a seguir algumas considerações de por que utilizar objetos de aprendizagem para o ensino e aprendizagem de diversos conteúdos para diferentes indivíduos.

A prática de utilização dos objetos de aprendizagem é caracterizada por um indivíduo responsável pelo ensino, este que deve utilizar os recursos do OA para promover o processo de ensino e aprendizagem aos indivíduos participantes do processo inclusivo. Para maior entendimento sobre OAs e sua utilização, a seguir serão apresentados dois objetos de aprendizagem e suas características, estes que serão utilizados no processo e inclusão digital e social dos indivíduos das comunidades carentes que participarão do Projeto Mutirão da Cidadania.



O Objeto de Aprendizagem Internet



O Objeto de Aprendizagem Internet, apresenta várias funcionalidades da Internet, sendo o objetivo principal deste OA com os indivíduos é realizar a utilização de um novo meio de ensino para o processo de aprendizagem. Para utilizar o OA Internet, é necessário acessar o link correspondente ao endereço do Portal GIED: www.gied.ffalm.br, ou até mesmo realizar o download do OA que está disponível no mesmo site.

As telas do OA foram desenvolvidas com clareza, possui uma interface amigável, assim facilitando o aprendizado dos indivíduos que farão seu uso. Sua utilização é feita através do mouse e teclado, a navegação é de fácil acessibilidade e entendimento. Ao final do Objeto os indivíduos deverão saber quais são os recursos da Internet e diferenciá-los um dos outros, tudo isso através dos conceitos apresentados pelo Objeto de Aprendizagem.

Para iniciar o processo de utilização do objeto, deverá ser clicado no ícone ao meio da tela, na palavra “clique aqui”, conforme mostra a figura abaixo:





Figura 4: Tela inicial do OA Internet



Após iniciar o objeto de aprendizagem, aparecerá a primeira tela, que é a introdução do assunto, onde um aluno pede para sua professora que o ajude com algumas dúvidas referentes a internet. Após o dialogo é apresentado a tela de menu do OA, a mesma pode ser acessada diretamente quando iniciado o objeto, também sendo possível ir em qual assunto deseja-se, ou dar seqüência na apresentação do conteúdo. A figura a seguir representa a tela do menu.





Figura 5: Menu do OA Internet



Na parte, sobre o que é a internet, a professora explica o conceito de internet, seguindo para os tipos de conexões, explicando quais as diferenças entre os tipos apresentados. Na figura abaixo a tela do OA sobre explicação do que é a internet.





Figura 6: O que é Internet



Seguindo a navegação pelo Objeto, as telas mostram o que é possível fazer na internet, o que é um navegador, as divisões dos endereços de sites, tais como educacional, governamental e comercial, explicando cada um deles. Logo após mostra-se o que é um e-mail, mensagens instantâneas, serviços como o Governo eletrônico e outras facilidades que a internet proporciona aos indivíduos conectados. A figura a seguir representa a explicação sobre o e-mail:



Figura 7: O que é um e-mail



Para finalizar a utilização do Objeto de Aprendizagem Internet são realizadas quatro atividades práticas para comprovação do conhecimento adquirido pelos indivíduos, conforme mostra a figura abaixo:





Figura 8: Atividades OA Internet



Ao final da parte teórica do OA, o individuo realizará os exercícios propostos pelo objeto, sendo estes atividades práticas, desse modo analisando os conceitos apresentados pelo OA. Para a próxima etapa de atividades será entregue um questionário, este que será elaborado pela pesquisadora para levantamento dos dados e comprovação dos mesmos, para verificar o aprendizado dos indivíduos após a aplicação do conteúdo. O Objeto de Aprendizagem será apresentado de forma clara e motivando seu uso, mostrando ao indivíduo a importância em utilizar a Internet na atualidade sociedade, enfatizando a importância de aprender sobre os recursos que a Internet proporciona. Baseado nestes conceitos será realizado no mês de agosto, setembro e outubro de 2011 a aplicação prática do Objeto de Aprendizagem Internet.



Objeto de Aprendizagem Redes Sociais e Correio Eletrônico



O Objeto de Aprendizagem Redes Sociais e Correio Eletrônico, tem a finalidade de apresentar aos indivíduos as várias funcionalidades do Correio Eletrônico (e-mail) e das Redes Sociais, o objetivo principal da utilização deste objeto com os indivíduos é a possibilidade de utilizar um novo meio de ensino para a aprendizagem de tais recursos que estão disponíveis no meio digital. Para utilizar o Objeto de Aprendizagem Redes Sociais e Correio Eletrônico, é necessário acessar o link correspondente ao endereço do Portal GIED: www.gied.ffalm.br, ou até mesmo realizar o download do OA que está disponível no mesmo site citado acima.

As telas do OA foram desenvolvidas de forma padronizada, com uma interface amigável, facilitando o aprendizado dos indivíduos sobre o conteúdo abordado. Sua utilização é feita através do mouse e teclado, a navegação é de fácil acessibilidade e entendimento. Ao final do Objeto os indivíduos deverão saber o que é um Correio Eletrônico, o que são as Redes Sociais, as diferenças entre cada uma e o que pode ser feito em cada uma delas. Para iniciar o processo de utilização objeto, deverá ser clicado no ícone ao meio da tela, na palavra “clique aqui”, conforme figura a seguir:





Figura 9: Tela inicial OA Redes Sociais e Correio Eletrônico



Ao iniciar o Objeto de Aprendizagem, as primeiras telas apresentadas são de um diálogo entre duas amigas, onde uma delas pergunta para a outra sobre as Redes Sociais e o Correio Eletrônico. Após a conversa das personagens, temos a tela do menu do OA, conforme mostrado abaixo:





Figura 10: Menu do OA Redes Sociais e Correio Eletrônico



Avançando pelo objeto, chega-se na parte em que há a explicação do que é um Correio Eletrônico (e-mail) e quais suas funcionalidades, envio e recebimento de e-mails, quais as partes que compõem um endereço de e-mail, como por exemplo, nome, tipo de organização, dentre outros. Veja na figura abaixo um exemplo de correio eletrônico.





Figura 11: Correio eletrônico



Após a parte que explica aos indivíduos sobre Correio Eletrônico, chega-se a parte sobre o entendimento das redes sociais, onde se inicia com uma explicação geral sobre as redes sociais e suas características, como se comunicar com outras pessoas, postar fotos, vídeos, entre outros. Logo após mostra-se o que é o Orkut e o que é possível fazer nesta rede. Mostra-se por primeiro a explicação sobre comunidades, depois perfil, mostrando onde ficam os amigos, as comunidades e o texto sobre a pessoa. A seguir figura que representa uma das explicações sobre o Orkut.



Figura 12: Tela perfil no Orkut



A próxima etapa do OA, fala sobre o Twitter, descrevendo o funcionamento da rede, onde o objetivo principal é postar o que você esta fazendo no momento, sendo restringido a apenas 140 caracteres, onde o indivíduo tem seguidores e quem ele próprio está seguindo, também é possível ver as postagens de todos que se está seguindo. A figura a seguir representa as postagens.





Figura 13: Postagens no Twitter



Depois do Twitter chega-se a tela sobre a rede social Myspace, este que é um lugar onde podemos adicionar amigos, ter músicas e fotos, entre outras funcionalidades.





Figura 14: Tela do Myspace



E por último é explicado sobre o Facebook. Não muito diferente o Orkut e do Myspace, mas cada um com seus recursos que os diferenciam e os tornam preferidos entre os indivíduos que fazem parte das redes. O Facebook é a maior rede social do mundo, nesta rede podemos adicionar e ter amizade com quantas pessoas quiser, sendo então o número de amigos ilimitado, também postar fotos, vídeos, editar informações, curtir páginas de bandas e assuntos de nossa preferência, integrar serviços com outras redes, se comunicar com os amigos, entre outros.





Figura 15: Tela perfil no Facebook



Ao final do Objeto o aluno deverá estar sabendo os conceitos apresentados, tais como: o que é um Correio Eletrônico, o que são as Redes Sociais. Terminando a parte teórica do OA, o aluno deverá exercitar os conceitos apresentados e realizar as quatro atividades práticas propostas pelo OA, conforme figura a seguir:





Figura 16: Atividades OA Redes Sociais e Correio Eletrônico



Também será aplicado um questionário que será elaborado pela pesquisadora para levantamento dos dados após a aplicação do OA. Será repassado aos indivíduos como é possível eles socializarem através das redes sociais e a contribuição para a inclusão digital e social. O conteúdo será apresentado de forma clara, mostrando aos indivíduos a importância e necessidade em utilizar o Correio Eletrônico e as Redes Sociais da Internet no seu dia-a-dia. Será enfatizada aos indivíduos participantes das atividades a importância de aprender sobre os recursos que essas ferramentas proporcionam a sua vida. Como exemplo, podemos citar a comunicação com pessoas do mundo inteiro, das mais diferentes classes sociais.



Internet e Redes Sociais potencializando a Inclusão Digital e Social



A interatividade é uma das principais características que são fortemente atribuídas no uso da internet e das redes sociais. A comunicação mediada pelo uso dos recursos digitais, bem como o computador é uma forma de interação, o usuário não apenas recebe as informações, mas também pode buscá-las na internet.

Para Tajra (2008, p. 134), “a internet é a mídia que mais cresce em todo o mundo. Existem milhões de pessoas em todo o planeta que se beneficiam dos serviços oferecidos por ela e os acessam. A internet esta promovendo mudanças sociais, econômicas e culturais”. Conforme a mesma autora (2008, p.134), “estamos diante de novos paradigmas, de novas formas de produção, de novos empregos, de novas formas de comunicação e a escola também será atingida por esta revolução binária e digital”. É por meio da internet que podemos realizar pesquisas, seja qual for o assunto do interesse de cada indivíduo, trocar experiências do cotidiano, buscar conteúdos dinâmicos, novos materiais, realizar tarefas escolares, fazer compras, pagar contas, entre outras funcionalidades que a internet apresenta. Para Tajra (2008, p.145) “na Sociedade do Conhecimento a questão não é apenas ter acesso à informação, mas saber tratá-la e analisá-la, descartando as possíveis distorções”. Assim sendo, o grande acesso de informações em massa pode muitas vezes dificultar para o indivíduo a relação de saber o que é certo e errado. Diante disso para aqueles que não têm experiência na troca de informações ou utilização das TICs, poderia ser necessário que outros indivíduos os auxiliassem sobre o melhor uso destes recursos digitais, expondo a eles o nível de importância para a sua vida na atualidade e no futuro. De acordo com o Ferrari (2010, p.47) “entender a cibercultura e seus mecanismos de trocas de informações, sensações, imagens e conhecimento nas redes sociais torna-se cada dia mais fundamental para quem pretende compreender a sociedade atual, seja um cidadão comum, uma empresa ou um governo”.

Para Barbosa, Cappi e Tavares (2010, p.51) “[...] as novas aplicações permitiram que se transfor¬masse em uma rede de indivíduos pela qual as pessoas passaram a se comunicar e trocar informações, além se beneficiarem com diversos serviços”. Assim o avanço da internet e das redes sociais podem contribuir para a relação dos indivíduos ainda excluídos com a sociedade, aumentando a comunicação entre eles. Segundo Barbosa, Cappi e Tavares (2010, p.52) “as redes sociais constituem um espaço, no qual a interação entre as pessoas permite a construção coletiva, a mútua colaboração, a transformação e o compartilhamento de ideias em torno de interesses mútuos dos atores sociais que as compõem”. Para tanto que as redes sociais possam aproximar indivíduos carentes é necessário que os mesmos saibam lidar com determinado tipo de comunicação, contribuindo para o diálogo entre as partes envolvidas.

Conforme Recuero (2009, p.22), estudar redes sociais é “estudar os padrões de conexão expressos no ciberespaço. É explorar uma metáfora estrutural para compreender elementos dinâmicos e de composição dos grupos sociais”. Através das redes os indivíduos são capazes de saber o que está acontecendo no momento do acessam a rede, o que outro indivíduo está pensando ou fazendo, é uma forma de integração social virtual, que pode diminuir barreiras entre as diferentes classes sociais. Vale ainda destacar que cada rede social é diferente uma da outra, cada qual com seus recursos e objetivos.



Cenário da pesquisa: Projeto Mutirão da Cidadania



O projeto Mutirão da Cidadania é uma iniciativa da Faculdade Meridional – IMED e do Centro de Juventude Leão XIII, que objetiva proporcionar aos alunos e professores das Escolas de Direito, Psicologia, Odontologia e Sistema de Informação a oportunidade de serem agentes de mudanças, formando profissionais capazes de dar uma contribuição efetiva à inclusão social das pessoas carentes.

Durante o Mutirão, são realizados atendimentos jurídicos nas áreas de direito de família, do consumidor, previdenciário, penal e civil. Promovem também a saúde bucal, com escovação dentária e técnicas de higiene bucal, bem como encaminhamentos odontológicos das crianças e adolescentes de 5 a 12 anos de idade. O projeto destacou-se em suas edições anteriores pela participação dos alunos, professores e comunidade em geral, sendo que, além disso, um projeto específico para Inclusão Digital e Social foi desenvolvido pela Escola de Sistemas de Informação para contribuir de forma efetiva com o Mutirão da Cidadania.



Objetos de Aprendizagem no Mutirão da Cidadania



Para a realização do futuro trabalho foi realizado um vinculo com o projeto Mutirão da Cidadania. O desenvolvimento desse projeto será contado com a participação de indivíduos de diferentes idades das comunidades do Bairro Zachia e Valinhos, da cidade de Passo Fundo – RS. Nas aulas serão utilizados dois Objetos de Aprendizagem para proporcionar de forma interativa o ensino de informática aos alunos. As aulas serão ministradas uma vez ao mês (27 de agosto; 24 de setembro e 22 de outubro de 2011) durante o Mutirão da Cidadania, no laboratório de informática de cada escola, com indivíduos de diferentes idades, sob a coordenação da professora pesquisadora envolvida, prof. Márcia Rodrigues Rabello e da aluna pesquisadora Talita Tibolla.

Para iniciar o trabalho foram investigados quais os possíveis OAs disponíveis que ensinassem informática. Foram selecionados dois objetos, o primeiro é uma visão geral da internet e o outro é sobre como utilizar o correio eletrônico e fazer parte das redes sociais. A pesquisa por esses objetos de aprendizagem mostraram que na área de ensino da informática existem poucos OAs desenvolvidos, sendo que em outras áreas podem-se encontrar objetos de aprendizagem dos mais diversos assuntos. Esses objetos podem auxiliar no processo de inclusão digital e social, podendo aproximar as pessoas através de processos de interações nas redes sociais e alfabetizando-as digitalmente. Será realizada uma entrevista em grupo e entrega de questionário no final de cada aula para cada aluno participante das atividades.



Modelo de Pesquisa



O modelo de pesquisa adotado para a realização do trabalho proposto é uma pesquisa de caráter exploratório, descritiva e qualitativa, que será realizada por meio de observações, questionário e entrevistas, onde essas características serão empregadas nas etapas seguintes do estudo.



Sujeitos da Pesquisa



Os sujeitos que participarão da pesquisa são indivíduos de diferentes idades, de bairros carentes da cidade de Passo Fundo – RS, levando em consideração o pouco ou nenhum conhecimento que eles têm sobre informática e a utilização das TICs. O ensino será nas escolas dos bairros participantes do projeto Mutirão da Cidadania, que dessa forma irão contribuir para a prática de Inclusão Digital e Social dos indivíduos das comunidades carentes.



Atividades Desenvolvidas



A prática de atividades a serem desenvolvidas é o ensino da informática, mais especificamente sobre as características e funcionamento da internet e das redes sociais Orkut, Twitter, Facebook, Myspace e do serviço de mensagens instantâneas MSN. No decorrer das atividades a serem realizadas será observado o grau de dificuldade que os indivíduos venham a apresentar ao utilizar os equipamentos de informática e a interação deles com os Objetos de Aprendizagem, com as redes sociais e entre indivíduos durante as atividades.



Levantamento dos dados



O período de levantamento de dados serão nos meses de agosto, setembro e outubro de 2011, durante o projeto do Mutirão, através da coleta de dados, por meio de entrevistas e questionários, sendo através destes que será verificado qual o nível de interatividade que foi proporcionado a cada indivíduo.



Analise dos dados



A análise será feita verificando o entendimento dos alunos com a utilização dos OAs na prática de Inclusão Digital e Social nos laboratórios das escolas, bem como a interação proporcionada por cada OA e pelas redes sociais.



Apresentação dos Resultados



Os dados serão apresentados de forma anônima, após a realização das atividades práticas.



4 Problema



De que forma os Objetos de Aprendizagem podem contribuir para o processo de Inclusão Digital e Social?



5 Hipóteses



A construção do conhecimento pode ocorrer através da interação social e da utilização de elementos mediadores, neste caso, os Objetos de Aprendizagem, que podem ser utilizados pelo professor/instrutor para mediar os indivíduos e seus objetos do conhecimento. Nesse sentido os Objetos de Aprendizagem virtuais e digitais, podem proporcionar aos aprendizes novas formas de atribuição do conhecimento, diferentes das formas convencionais, ensinando o indivíduo não somente a utilizar os recursos, mas como esses contribuirão para a vivência na sociedade da informação.



6 Justificativa



O presente trabalho justifica-se pela sua importância no meio social, contribuindo com o Projeto de Inclusão Digital e Social da Escola de Sistemas de Informação vinculado ao projeto Mutirão da Cidadania da IMED, utilizando os Objetos de Aprendizagem e avaliando as formas de interação disponíveis para promover a inclusão digital e social em comunidade carente da cidade de Passo Fundo. Também se busca com esta pesquisa fornecer subsídios na área acadêmica e cientifica no desenvolvimento e aprendizado através de processos de inclusão que podem se apropriar de um modelo adequado aos projetos de inclusão digital e social. Através deste estudo, pretende-se também fornecer informações aos projetos de inclusão digital e social, para melhor utilização de recursos digitais disponíveis no ciberespaço, analisando de forma clara qual a importância da exploração e utilização pedagógica de Objetos de Aprendizagem no processo de inclusão digital e social.



7 Objetivos



Objetivo Geral:

• Utilizar Objetos de Aprendizagem no processo de inclusão digital e social.



Objetivos Específicos:

• Realizar uma pesquisa sobre tecnologia na educação;

• Proporcionar aos usuários de forma simples e de fácil entendimento o ensino da informática;

• Fornecer informações sobre a melhor forma de utilizar os recursos digitais disponíveis no ciberespaço;

• Identificar as potencialidades dos Objetos de Aprendizagem;

• Identificar e avaliar as formas de interação disponíveis para o processo de inclusão digital e social;

• Contribuir com o projeto Mutirão da Cidadania;

• Objetivar o desenvolvimento do raciocínio, intensificando a prática de ensino/aprendizagem com o uso das tecnologias da informação e comunicação.



8 Metodologia



O trabalho que será desenvolvido é um estudo de caso, uma pesquisa de caráter exploratório, descritiva e qualitativa, realizada por meio de observações, questionário e entrevistas. O trabalho será composto por uma revisão bibliográfica acerca do tema da pesquisa e um estudo de caso com os indivíduos das comunidades carentes dos Bairros Zachia e Valinhos, de Passo Fundo – RS, participando do projeto Mutirão da Cidadania. Busca-se obter informações referentes sobre a realidade destas comunidades em relação ao acesso as tecnologias digitais e como objetivo principal o presente trabalho que será realizado é o de demonstrar o processo de inclusão digital e social com a utilização de Objetos de Aprendizagem.

A pesquisa bibliográfica tem como finalidade verificar discussões relacionadas ao tema da pesquisa, que de acordo com Gil (1999, p. 65) é feita a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A pesquisa exploratória, conforme Gil (1999, p.43), é desenvolvida com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Já a pesquisa descritiva de acordo com Gil (1999, p.44) tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, [...] estudar características de um grupo: sua distribuição por idade, nível de renda e escolaridade. O estudo de caso, conforme Gil (1999, p.72) é caracterizado pelo estudo profundo, permitindo seu conhecimento detalhado, explora situações da vida real, descrevendo a investigação do estudo.

Durante a experiência prática do estudo de caso será utilizada o método observacional, logo após entrevista informal como principal instrumento de coleta de dados antes da aplicação do trabalho, este que segundo Gil (1999, p.119) é o menos estruturado e só se distingue da simples conversação por que tem como objetivo básico a coleta de dados. É recomendada para pesquisas exploratórias e para fornecer visão aproximativa do problema pesquisado. Na medida em que as informações forem obtidas através da entrevista, as mesmas serão tabuladas em base de dados eletrônica e de forma confidencial, o questionário de acordo com Gil (1999, p.128) garante o anonimato das respostas, implica menores gastos com o pessoal. [...] será composto de questões fechadas e abertas, perguntas formuladas de maneira clara, concreta e concisa. No término das atividades práticas as respostas serão entregues em forma de questionário, que também serão guardadas em base de dados. Ao final do trabalho será realizada a avaliação da contribuição que os Objetos de Aprendizagem proporcionaram para a inclusão digital e social do projeto Mutirão da Cidadania.



9 Cronograma de Atividades



ATIVIDADES TCC1 TCC2

Jan/Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Pesquisa e leitura da bibliografia

Revisão bibliográfica

Estado da Arte

Entrega TCC 1

Revisão da literatura

Experimento nas Escolas 27 24 22

Tabulação dos Dados

Revisão do TCC

Entrega TCC 2

Defesa





10 Sumário Provisório



Agradecimentos 1

Dedicatória 2

Lista de Figuras 3

Lista de Tabelas 4

Lista de Abreviaturas 5

Resumo 6

Abstract 7

Introdução 8

A Sociedade da Informação 9

Os Nativos Digitais 10

O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação 11

Inclusão Digital 12

O processo de Inclusão Digital 13

Exclusão Digital 14

Projetos de Inclusão Digital 15

Objetos de Aprendizagem 16

Por que utilizar Objetos de Aprendizagem 17

Características dos objetos de Aprendizagem 18

Objetos de Aprendizagem como ferramenta de Inclusão Digital 19

O Objeto de Aprendizagem Internet 20

O Objeto de Aprendizagem Correio Eletrônico e Redes Sociais 21

Internet e Redes Sociais potencializando a Inclusão Digital e Social 21

Cenário da Pesquisa: O projeto Mutirão da Cidadania 23

Modelo de Pesquisa 24

Sujeitos da Pesquisa 25

Atividades Desenvolvidas 26

Levantamento dos dados 27

Analise dos dados 28

Apresentação dos Resultados 29

Considerações Finais 30

Anexos 31

Referências Bibliográficas 32







BIBLIOGRAFIA





ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Tecnologia na escola: criação de redes de conhecimentos. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, José Manuel (Org). Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005.





ÁVILA, Ismael Mattos A; HOLANDA, Giovanni M. de. Inclusão digital no Brasil: uma perspectiva sociotécnica. In: SOUTO, Átila A, DALL’ANTONIA, Juliano C; HOLANDA, Giovanni M. de (Org.). As cidades digitais no mapa do Brasil: uma rota para a inclusão digital. Brasília: Ministério das Comunicações, 2006.





BARBOSA, Alexandre; CAPPI, Juliano; TAVARES, Robson. Redes sociais: revolução cultural na internet. In: CGI. Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil: 2005-2009. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2010. Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2010.





BEHAR, Patricia Alejandra, et al. Objetos de Aprendizagem para educação a distância. In: BEHAR, Patricia Alejandra (Cols). Modelos Pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.





BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de Aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 10. ed. São Paulo: Papirus, 2000.





CRUZ, Renato. O que as empresas podem fazer pela inclusão digital. São Paulo: Instituto Ethos, 2004.





FERRARI, Pollyana. Redes sociais ditam a nova taxonomia da web. In: CGI. Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil: 2005-2009. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2010. Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2010.





FORESTI, Andressa; TEIXEIRA, Adriano Canabarro. As potencialidades de processos de autoria colaborativa na formação escolar dos indivíduos: aprofundando uma faceta do conceito de inclusão digital. In: TEIXEIRA, Adriano Canabarro; MARCON, Karina. (Org). Inclusão digital: experiências, desafios e perspectivas. Passo Fundo: Editora UPF, 2009.





GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.





HOLANDA, Giovanni Moura de; ÁVILA, Ismael Mattos A. Sociedade, tecnologia e exclusão. In: SOUTO, Átila A, DALL’ANTONIA, Juliano C; HOLANDA, Giovanni M. de (Org.). As cidades digitais no mapa do Brasil: uma rota para a inclusão digital. Brasília: Ministério das Comunicações, 2006.





KIPNIS, Bernardo. Educação superior a distância no Brasil. tendências e perspectivas. In: LITTO, Frederic Michael; FORMIGA, Marcos (Org). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.





LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.





___________. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.





LUCCHESI, Eduardo; et al. Construindo Objetos de Aprendizagem e pensando em geometria. In: PRATA, Carmem Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo (Org). Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC, SEED, 2007.





NASCIMENTO, Anna Christina de Azevedo. Objetos de Aprendizagem: a distância entre a promessa e a realidade. In: PRATA, Carmem Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo (Org). Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC, SEED, 2007.





NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo. Aprendizagem por meio de repositórios digitais e virtuais. In: LITTO, Frederic Michael; FORMIGA, Marcos (Org). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.





NETO; José Augusto de Melo. Tecnologia Educacional: a formação de professores no labirinto do ciberespaço. Rio de Janeiro: MEMVAVMEM, 2007.





PRATA, Carmem Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina de Azevedo; PIETROCOLA, Mauricio. Políticas para fomento de produção e uso de objetos de aprendizagem. In: PRATA, Carmem Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo (Org). Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC, SEED, 2007.





RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.





SOUZA, Maria de Fátima C. de, et al. Desenvolvimento de habilidades em tecnologias da informação e comunicação (TIC) através de objetos de aprendizagem. In: PRATA, Carmem Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo (Org). Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC, SEED, 2007.





TAJRA, Sammya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. 8.ed. São Paulo: Érica, 2008.





TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.





TAVARES, Romero; et al. Objetos de Aprendizagem: uma proposta de avaliação de aprendizagem significativa. In: PRATA, Carmem Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo (Org). Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC, SEED, 2007.





TEIXEIRA, Adriano Canabarro. Internet e democratização do conhecimento: repensando o processo de exclusão. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, 2001.





___________. Formação Docente e Inclusão Digital: A análise do processo de emersão tecnológica de professores. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2005.





TELES, Lucio. A aprendizagem por e-learning. In: LITTO, Frederic Michael; FORMIGA, Marcos (Org). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.





TORREZZAN,Cristina A. W; BEHAR, Patricia Alejandra. Parâmetros para a construção de materiais educacionais digitais do ponto de vista do design pedagógico. In: BEHAR, Patricia Alejandra (Cols). Modelos Pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.





VEEN, Wim; VRAKKING, Ben. Homo zappiens: educando na era digital. Porto Alegre: Artmed, 2009.





VOSGERAU, Dilmeire Sant’anna Ramos; BERTONCELLO, Ludhiana. Inclusão digital na infância: o uso e a apropriação das TICs pelas crianças brasileiras. In: CGI. Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil: 2005-2009. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2010. Disponível em: . Acesso em: 30 abril 2010.





WARSCHAUER, Mark. Tecnologia e inclusão social: a exclusão digital em debate. São Paulo: Senac, 2006.





WILEY, D. A. Connecting learning objects to instructional design theory: a definition, a metaphor, and a taxonomy. In: WILEY, David A. (Ed.). The instructional use of learning objects: online version. 2000. Disponível em: .

Nenhum comentário:

Postar um comentário